II Guerra: Brasileiros criam símbolo para usar em comemorações na Itália
A Força Expedicionária Brasileira (FEB), Composta de mais de 25.000 homens e mulheres, foi responsável pela unica parA Força Expedicionária Brasileira (FEB), Composta de mais de 25.000 homens e mulheres, foi responsável pela unica participação de um país sul-americano na Campanha da Itália em 1944/1945. durante a Segunda Guerra Mundial.
A Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens que foi responsável pela participação brasileira ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída principalmente por uma divisão de infantaria, historicamente é considerada o conjunto de todas as forças militares brasileiras que participaram daquela campanha. Adotou como lema “A cobra está fumando”, em alusão ao que se dizia à época que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”.
Durante todo o período em que se manteve neutro diante da guerra que começou na Europa em 1939, o governo brasileiro sofreu fortes pressões dos Estados Unidos para permitir às tropas norte-americanas o uso de portos e aeroportos do Norte-Nordeste, considerados fundamentais para a defesa do continente. O presidente Getúlio Vargas aproveitou a ocasião para obter dos Estados Unidos a promessa de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e de construção de uma grande usina siderúrgica.
De improviso na maior das guerras
O Brasil entrou na guerra mais sangrenta da história no improviso. Ao decidir enviar tropas para a 2.ª Guerra Mundial, o governo brasileiro se deparou com a falta de estrutura do seu Exército. Com equipamentos ultrapassados, treinamento deficiente e roupas inadequadas para os 20 graus negativos do inverno europeu, os pracinhas brasileiros desembarcaram na Itália sem ter a noção do que era uma guerra. Metade do corpo militar enviado para combater as forças nazistas era composto por civis que nunca haviam pegado em armas.
“Ninguém sabia o que era um combate, dos generais aos soldados mais rasos. Aprendemos a guerrear nas dificuldades
JULIO DO VALLE, EX-COMBATENTE
“Sofríamos bastante com as baixas temperaturas. A neve chegava até o joelho. Recebemos uma capa de gabardina grande, horrível, de 12 quilos e que com a chuva ficava muito pesada para carregar. Quando o comando norte-americano viu aquilo, mandou recolher na hora as gabardinas”, acrescenta o ex-soldado da FEB, entre sorrisos. Apesar do clima hostil, ele descarta que alguém do lado brasileiro tenha morrido em decorrência do frio. Outro problema da preparação do país foi a produção de uniformes parecidos com os do Exército alemão. “Chegaram a jogar pedra na gente em Nápoles pensando que éramos os invasores.”
Ao final da guerra, o Brasil registou 443 mortos e cerca de 3 mil feridos. O Paraná contribuiu com 1.542 combatentes, dos quais 28 morreram. Segundo a doutora em História Cultural Carmen Rigoni, 2,5 mil brasileiros sofreram mutilações sérias e ficaram sob cuidados intensos em hospitais dos Estados Unidos.